As dores do crescimento, que costumam afetar crianças entre 3 e 12 anos de idade, têm causas e origens ainda não descobertas e debatidas entre especialistas da área.
Alguns estudos indicam que muitas crianças na fase considerada “primeiro estirão” relataram desconforto em algum momento, mais comuns à noite, na região das coxas e panturrilhas.
As dores do crescimento são normais?
As dores do crescimento costumam ser uma parte natural do desenvolvimento infantil, embora possam causar desconforto. Por isso, é fundamental manter consultas regulares com o pediatra para avaliar adequadamente quaisquer queixas de dor e garantir que estejam dentro do esperado.
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De acordo com o médico ortopedista Cleber Furlan, dores do crescimento são comuns nessa faixa etária (3 a 12 anos) e não há muito com o que se preocupar. Entretanto, mães e pais precisam ficar atentos quando as queixas se tornarem recorrentes, e apresentarem outros sintomas. “Se além das dores aparecer também febre, algum edema, perda de apetite e manchas na pele, por exemplo, é importante consultar um especialista para descartar possíveis doenças pré-existentes”, explica.
O que causa as dores do crescimento?
Algumas teorias para explicar essas dores são atividade física (impactos que podem causar microlesões em músculos e articulações), fatores psicológicos (estresse emocional e ansiedade), fatores genéticos e sedentarismo. Como efeito, as dores podem chegar a interferir na qualidade do sono e no impacto em atividades físicas corriqueiras.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é dado após a exclusão de outras condições que causam dor, como artrite, infecções ou lesões. O médico analisa o histórico médico da criança e o padrão das dores, realizando exames físicos específicos para descartar outras possíveis causas.
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O tratamento é geralmente sintomático, já que a condição não requer intervenção médica específica. Sob supervisão médica, são recomendados o uso de analgésicos comuns, como paracetamol e ibuprofeno, além de compressas quentes, massagem, atividade física para manter a criança ativa e apoio emocional.
Curiosidades sobre ortopedia e infância
🌿 Fraturas em “galho verde”: as crianças têm ossos mais flexíveis do que os adultos, o que faz com que certos tipos de fraturas ocorram de forma diferente. Um exemplo é a fratura em “galho verde”, onde o osso se quebra de um lado, mas permanece intacto do outro, semelhante a quando tentamos quebrar um galho verde de uma árvore.
👣 Pés chatos (planos) são normais até os 5 anos: em muitos casos, os pés chatos nas crianças pequenas são completamente normais. Isso ocorre porque os ossos, ligamentos e músculos do pé ainda estão se desenvolvendo. A curvatura do pé geralmente só começa a se formar de forma visível após os 5 anos, à medida que os músculos se fortalecem.
⚖️ Crescimento desigual das pernas: é comum que algumas crianças (a chamada idade pediátrica) apresentem leve diferença no comprimento das pernas, o que geralmente se corrige com o tempo, à medida que crescem. Em muitos casos, a diferença é pequena e não causa problemas. No entanto, em casos mais graves, a ortopedia pediátrica pode intervir com tratamentos como fisioterapia, palmilhas ou, em raros casos, cirurgia.