De acordo com dados do WebMD, portal norte-americano sobre medicina e saúde, existem mais de 3.700 alérgenos potenciais que podem desencadear reações como erupções na pele ou inchaço. O fator destaca a complexidade e diversidade das substâncias que podem gerar respostas alérgicas no corpo humano, reforçando a importância de seu diagnóstico e tratamento.
“Deve-se evitar a automedicação ao lidar com sintomas alérgicos. Sua manifestação deve ser tratada com seriedade, e a busca por um médico especialista é fundamental para obter orientações adequadas”, ressalta Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop, rede de cosméticos hipoalergênicos. A especialista esclarece que apenas um profissional de saúde qualificado pode realizar testes para identificar as causas subjacentes das alergias e oferecer um diagnóstico preciso.
Leia também: Resveratrol: nutriente ajuda a prevenir pele do envelhecimento
“O uso de cosméticos seguros também é um fator essencial na prevenção do desencadeamento de crises alérgicas”, pontua André Sobanski, CEO da Alergoshop. O profissional reforça que atentar-se aos rótulos e conhecer a marca de compra são pilares essenciais para evitar o agravamento de sintomas.
Diante desse panorama, ter conhecimento sobre os indicativos dos principais tipos de alergias cutâneas, bem como de seus tratamentos, é um método eficaz para saber como proceder em caso da possibilidade da condição.
Alergias de pele
Dermatite de contato
A condição se manifesta por meio de vermelhidão, inchaço, bolhas, coceira e descamação na área da pele exposta ao alérgeno ou irritante. Os sintomas podem variar de acordo com o agente causador, mas geralmente ocorrem após o contato direto com substâncias como produtos químicos, metais, plantas, ou produtos de higiene pessoal.
Para este caso, o tratamento envolve identificar e evitar o desencadeador, além do uso de medicamentos tópicos para aliviar a inflamação e a coceira. Em casos mais graves, podem ser prescritos medicamentos por via oral para controlar a reação alérgica, após avaliação adequada de um profissional da saúde.
Urticária
A urticária se caracteriza por manchas vermelhas e elevadas, junto a coceira na pele, que podem aparecer rapidamente e desaparecer em poucas horas, mas também podem persistir por vários dias. Ela pode ser desencadeada por fatores como alimentos, medicamentos, picadas de insetos, infecções e estímulos ambientais.
O tratamento envolve a identificação dos gatilhos, juntamente com o uso de medicações para aliviar os sintomas. Em casos mais graves, podem ser necessários cuidados adicionais prescritos por um profissional da saúde para controlar a inflamação. É válido ressaltar que medidas de precaução, como evitar coçar as lesões e aplicar compressas frias, podem ajudar a aliviar o desconforto.
Dermatite seborreica
Para o caso da dermatite seborreica, é importante atentar-se a sintomas como manchas vermelhas oleosas, descamação da pele e coceira, principalmente em áreas como o couro cabeludo, rosto e peito. Essa condição pode ser desencadeada por condições como estresse, clima, predisposição genética e presença de fungos na pele.
Lidar com o quadro geralmente envolve o uso de shampoos medicamentosos contendo ingredientes que ajudam a reduzir a inflamação e a descamação. Além disso, é importante evitar produtos que possam irritar a pele e manter a área afetada limpa e hidratada.
Fotodermatose
A fotodermatose pode se manifestar com erupções cutâneas, vermelhidão, coceira e bolhas após a exposição à luz solar. Essa reação pode ser desencadeada por medicamentos, plantas, produtos químicos ou predisposição genética.
Para tratar, deve-se evitar a exposição excessiva ao sol e utilizar protetor solar de amplo espectro com alto fator de proteção. Vestir roupas protetoras, como chapéus de abas largas e roupas de mangas longas, também são medidas viáveis.
Leia também: Hiperpigmentação da pele: por que ela acontece e como tratar