O desenvolvimento emocional na infância é uma das bases para habilidades fundamentais, como empatia, resiliência e autocontrole. Mas como, exatamente, podemos ensinar as crianças a compreender e expressar suas emoções de forma saudável e construtiva?
Especialistas em educação infantil apontam que ajudar as crianças a identificar tais emoções e compreender suas origens é essencial para que elas lidem melhor com os desafios do dia a dia, construindo um autoconhecimento mais denso desde cedo.
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“Emoções ambivalentes, como sentir alegria e tristeza ao mesmo tempo ou lidar com o amor e a frustração por uma mesma pessoa, são experiências comuns. Nomear e contextualizar essas sensações ajuda as crianças a desenvolver um autoconhecimento mais profundo”, destaca Deyse Campos, pedagoga e fundadora da escola Interpares, em Curitiba (PR).
Emoções no cotidiano escolar
Comportamentos agressivos, comuns em muitas crianças, podem refletir medo ou insegurança. Já a timidez extrema está frequentemente ligada a um desejo de conexão. Estes exemplos são indicativos claros da importância de abordar as emoções de forma construtiva.
Deyse destaca que no cotidiano escolar, atividades como rodas de conversa, jogos simbólicos e histórias mediadas permitem que os sentimentos sejam trabalhados de maneira segura e criativa.
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Tornar-se consciente das próprias emoções também é essencial para desmistificar a ideia de classificações rígidas como “bom” e “ruim”. “Compreender que emoções consideradas ‘negativas’ têm um propósito no processo de crescimento é um aprendizado fundamental para que as crianças consigam lidar melhor com os desafios do dia a dia”, explica.
Como os responsáveis podem atuar
A pedagoga destaca algumas práticas para que responsáveis e professores consigam apoiar esse desenvolvimento emocional dos pequenos:
Escuta ativa: criar espaços onde a criança se sinta ouvida e compreendida.
Nomear emoções: auxiliar na identificação dos sentimentos, usando uma linguagem acessível.
Validação emocional: reforçar que todas as emoções são importantes e parte do desenvolvimento.
Ensinar regulação emocional: propor atividades como respiração ou expressão criativa para lidar com sentimentos intensos.
Ser exemplo: demonstrar como lidar de forma equilibrada com as próprias emoções.