A alimentação é fundamental na prevenção de inúmeras doenças, inclusive do câncer. E, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), até 2025 o Brasil registrará por volta de 704 mil novos casos desse tipo de patologia. Além disso, dados divulgados recentemente pela OMS estimam que o número de novos casos de câncer detectados anualmente em 2050 aumentará para quase 35 milhões, o que representa uma alta de 77% em relação aos 20 milhões identificados em 2022.
O alerta faz parte das novas estimativas sobre a doença divulgadas no início do mês pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC, da sigla em inglês), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS). E garantir uma alimentação saudável e equilibrada é o primeiro passo para quem deseja ter vida longa, com muita saúde e mais protegida contra o adoecimento. Até porque diversos estudos já comprovam que a genética não é destino. Ela conta somente 20%. Os outros 80% fazem parte da epigenética (está acima da genética), que são nossas escolhas, como atitudes positivas, adotar um estilo de vida saudável e uma nutrição consciente. Muitas pessoas gostam de representar os genes como uma arma, mas lembre-se que quem está com o dedo no gatilho é você.
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“A verdade é que a alimentação anticâncer é uma alimentação anti-inflamatória, a mais natural possível, sem agrotóxicos, preferencialmente sazonal, com riqueza e variedade de nutrientes, antioxidantes, e compostos bioativos. Isso vale para qualquer estágio: prevenção, tratamento e combate de doenças crônicas”, pontua Dra. Gisela nutricionista clínica e funcional.
De acordo com Christian Aguiar, embora não haja uma garantia absoluta de que consumir esses alimentos previna o câncer, pesquisas sugerem que uma dieta rica em certos alimentos pode reduzir o risco de desenvolver certos tipos de câncer. “Esses alimentos geralmente são ricos em antioxidantes, vitaminas, minerais e fitoquímicos que podem ter propriedades anticancerígenas, e incorporá-los em sua dieta pode ajudar a promover a saúde e a reduzir o risco de desenvolver câncer”, explica o médico Christian Aguiar, especialista em medicina preventiva e natural.
5 alimentos anticâncer para colocar na dieta!
De couve a gengibre, tome nota destas cinco sugestões que não podem faltar no seu prato e na sua dieta!
Couve
Para a Dra. Gisela, a couve é uma verdadeira ‘farmácia’ viva, rica em componentes nutricionais. Ela agrega magnésio – que é o maestro do organismo – às refeições, vitamina C, betacaroteno e Indol 3-carbinol, conhecido por sua ação em evitar a proliferação de células cancerígenas. Não à toa os oncologistas costumam dizer que as células cancerígenas odeiam couve.
Brócolis
Da mesma família da couve, o brócolis é uma excelente fonte de vitaminas A, C, E e K, além de ser rico em ferro, potássio, cálcio e fósforo. No entanto, existe um segredo para preservar as propriedades nutricionais e protetoras contra as doenças deste alimento. “O brócolis precisa ser cozido no vapor, por dois minutos no máximo, preservando sua crocância. A dica é mastigá-lo 30 vezes antes de engolir”, explica Gisela.
Couve de Bruxelas
O terceiro alimento é a couve de Bruxelas. Ela é pequena, mas rica em antioxidantes, como enxofre e magnésio, que vão auxiliar o fígado a fazer o detox das substâncias que adoecem e inflamam o nosso organismo. A orientação da nutricionista é comer algumas unidades no almoço ou no jantar.
Além desses alimentos, a nutricionista explica que é importante incluir na dieta uma variedade de frutas, legumes, verduras, e leguminosas. “Não é exagero dizer que a cada garfada nós contribuímos para o nosso destino. É o fator que mais interfere na prevenção de doenças ou no aceleramento de quadros crônicos. E na cozinha temos uma farmácia natural, à nossa disposição. Quanto mais colorida a refeição, mais protetora ela é”, orienta Dra. Gisela.
Alho
O alho contém compostos antioxidantes, como alicina, que ajudam a combater os danos causados pelos radicais livres nas células. Isso pode ajudar a prevenir danos ao DNA, que é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer. Além disso, ele possui propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a inflamação crônica, que tem sido associada ao desenvolvimento de vários tipos de câncer.
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Segundo o Dr. Christian Aguiar, o alho também pode estimular o sistema imunológico, ajudando o corpo a combater células cancerígenas e outras ameaças à saúde. “O alho demonstrou ter propriedades anti-mutagênicas, o que significa que pode ajudar a prevenir mutações genéticas que podem levar ao câncer”, pontua Christian Aguiar.
Gengibre
Assim como o alho e o chá-verde, o gengibre é outro alimento riquíssimo em antioxidantes, como gingeróis, shogaóis e gingerdiona, que ajudam a neutralizar os radicais livres no corpo. Esses radicais livres podem danificar as células e contribuir para o desenvolvimento do câncer. Desta forma, os antioxidantes do gengibre podem ajudar a prevenir esse processo. O gengibre também é muito conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias, que reduzem a inflamação crônica no corpo. A inflamação crônica está associada ao desenvolvimento de várias doenças, incluindo o câncer.
“Alguns estudos sugerem que o gengibre pode ajudar a inibir a formação de novos vasos sanguíneos em tumores (angiogênese), o que pode retardar o crescimento e a disseminação do câncer. Além disso, o gengibre também mostrou ter efeitos inibitórios sobre a metástase, impedindo que as células cancerígenas se espalhem para outras partes do corpo”, explica Christian Aguiar.