A introdução alimentar sempre foi um tema que gera muitas dúvidas nos pais. Não à toa, no TikTok, a introdução alimentar soma mais de 165 milhões de visualizações. Essa fase é de extrema importância para o bebê, pois é justamente nesse período que ele vai desenvolver o paladar e adquirir hábitos alimentares que, provavelmente, levará para a vida, inclusive se terá ou não alergias alimentares. De acordo com a nutricionista materno infantil, Franciele Loss, os primeiros meses de introdução alimentar são os melhores para a apresentação de qualquer alimento com potencial de alergia.
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Franciele explica que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), quanto antes oferecer alimentos com potenciais alergênicos na introdução alimentar, melhor. “80% das alergias alimentares ocorrem com a ingestão de leite de vaca, ovo, soja, trigo, amendoim, peixes e crustáceos, mas isso não significa que esses alimentos não devem ser oferecidos para o bebê. Muito pelo contrário! O bebê deve experimentar todos ainda na introdução alimentar. O risco não é zero, mas é muito menor com seis meses”, pontua.
Ela explica que as manifestações de alergia após consumir algum desses alimentos podem variar, mas as mais comuns são:
• Cutâneas: urticária, angioedema e dermatite atópica;
• Orais: edema, hiperemia, prurido e sensação de queimação nos lábios, língua, palato e garganta.
Outras possíveis reações, segundo a nutricionista, são:
• Gastrintestinais: náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia;
• Respiratórias: broncoespasmo e coriza;
• Sistêmicas: anafilaxia e choque anafilático;
Um ponto a ser observado é que a introdução de alimentos sólidos deve ser feita de maneira individualizada, considerando a saúde e o histórico familiar do bebê. Além disso, os alimentos potencialmente alergênicos não devem ser introduzidos pela primeira vez quando o bebê está doente ou tem outras condições que possam aumentar o risco de reações adversas.
Meu bebê apresentou alergia, e agora?
Franciele, que costuma abordar o assunto em seu perfil na rede social, explica que, caso o bebê apresente alguma reação alérgica, o ideal é contatar o pediatra que acompanha. Ele deve orientar sobre as possibilidades de alergia, os benefícios da apresentação dos alergênicos e traçar um plano específico caso o bebê seja alérgico. “No entanto, em casos mais graves, é orientado procurar até um pronto socorro para evitar complicações mais sérias”, finaliza.